Leitores do blog deixaram comentários sobre as eleições uspianas, bem como a análise do professor Ruy Braga aqui publicada. Uma delas é do escritor Guilherme Scalzili, que reproduziu nos comentários texto veiculado em seu blog.

Publicamos abaixo esses comentários:

A ditadura uspiana

Guilherme Scalzilli

A Universidade de São Paulo elege novo reitor em ambiente de conclave. O sistema é indireto, por colegiado, com participação majoritária de professores e minoritária de alunos e funcionários (que, somados, não chegam a um terço dos votos). (mais…)

Em carta encaminhada para colegas docentes, Ruy Braga (professor do Departamento de Sociologia da USP) analisa o resultado do primeiro turno das eleições que escolhe o sucessor da inábil Suely Vilela. Solicitamos autorização ao professor Ruy Braga para publicar a análise em nosso blog, e gentilmente ele permitiu que assim procedêssemos. Dessa forma,   segue o texto:

Foto R.B.

C@ros colegas.

Antes de tudo, gostaria de cumprimentar todos aqueles que se engajaram nas campanhas dos diferentes candidatos a reitor e que garantiram um consistente quorum para a eleição democrática promovida pela ADUSP em nossa faculdade. Em especial, fico feliz em saber que 202 colegas na FFLCH decidiram participar dessa eleição e que, desses, 93 votaram em um conhecido sindicalista e 23 em um “anticandidato” marxista, crítico e radical. Meus sinceros parabéns àqueles colegas que garantiram a abertura das urnas nos três prédios e sustentaram uma campanha empreendida de forma verdadeiramente democrática e respeitosa.

Contudo, e mesmo correndo o risco de contrariar colegas que muito prezo (mais…)

Programa para impulsionar pós-graduação quer aumentar número de alunos em 80% (mais…)

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Somos Racistas

Do blog Brasília, eu vi. Por Leandro Fortes*

Enquanto interessava às elites brasileiras que a negrada se esfolasse nos canaviais e, tempos depois, fosse relegada ao elevador de serviço, o conceito de raça era, por assim dizer, claríssimo no Brasil. Tudo que era ruim, cafona, sujo ou desbocado era “coisa de preto” (mais…)

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No dia 04/08/2009 a Folha online anunciou a mais nova mudança do vestibular para ingresso na USP em 2010: o acréscimo de questões dissertativas de inglês. O anuncio aconteceu simultaneamente ao lançamento do manual do candidato, menos de 4 meses antes da prova. Não está claro se as respostas deverão ser elaboradas em português ou em inglês, o que se configura uma surpresa para os candidatos. A prova de inglês do vestibular não vinha sofrendo muitas mudanças até esse ano. Inglês aparecia apenas nas questões objetivas e somava 5 questões ao todo. (mais…)

Vladimir S

O mal estar-estar nas ciências humanas

Discussões sobre o futuro da universidade exigem reflexão sobre o que esperamos das ciências humanas

 Na revista Cult, Por Vladimir Pinheiro Safatle*

Nas  discussões  a  respeito do futuro da universidade,  seja no Brasil seja  em países europeus que passam atualmente por grave crise financeira, é comum identificarmos um estranho mal-estar em relação às ciências humanas. Tudo se passa como se a área de ciências humanas fosse a mais problemática por vir dela questionamentos reiterados (mais…)

Pesquisa, mercado e indústria bélica

“A indústria não perde o seu caráter de indústria por se destinarem os seus produtos a destruir e não a criar os objetos”
Engels

Por Douglas Rogério Anfra*

A universidade pode ajudar a começar diálogos ou a encerrá-los. Pode também escamoteá-los, como bem pode fazer a crítica da violência, ou fazer esta crítica de modo abstrato e, assim, ajudar a violência concreta a se manifestar como repressão e até mesmo guerra.  (mais…)

Universidade de resultados

Na revista Cult, por Ricardo Musse*

Uma das peculiaridades da instituição universitária é sua situação de crise quase permanente. Essa recorrência pode ser atribuída tanto à sua organização, uma composição heterogênea e conflituosa de forças e interesses, como à sua condição de caixa de ressonância das tensões e contradições da sociedade. Nesse sentido, algumas observações sobre a especificidade da crise atual não parecem destituídas de interesse, mesmo para além de seus muros, pois (mais…)

Na Folha de São Paulo de domingo, edição de 19 de julho,  saiu um bom texto, de Luiz Costa Lima falando sobre o desprezo pelas humanidades, que publicamos a seguir.

Filosofia barata

O papel do Estado como financiador das humanidades volta a ser questionado diante da crise econômica

 Por Luiz Costa Lima*

Há meses já não se ouve o economês. A crise do mercado teve tão estranho efeito linguístico? (mais…)

logo

Os Centros de Saúde-Escola Butantã,  como outros  serão dados para a administração da Fundação Faculdade de Medicina.  Esta foi considerada entidade de interesse social e desde 2003 administra o Hospital de Sapopemba, além de gerir na prática todo o complexo HC e a verba do SUS para aí destinada (mais…)

O jeito Serra de tratar as universidades

O jeito Serra de tratar as universidades

É difícil encontrar um projeto bem-sucedido e de largo alcance do governador José Serra, talvez nem exista. A fama que ele ostenta de bom administrador, deve-se menos ao fato de realmente sê-lo que da mídia hegemônica e marketing político. Até hoje Serra e a “grande” imprensa creditam na sua conta, indevidamente, os programas de combate à aids e dos genéricos, no fundo mera apropriação midiática. O primeiro é de iniciativa dos médicos Adib Jatene e Lair Rodrigues, o segundo do também médico Jamil Haddad.  (mais…)

Email que circula nas listas.

Segue abaixo o texto da resposta à “Carta à comunidade universitária”, que acabo de enviar à sua assinante, a Reitora da USP, professora Suely Vilela.

Mario M. González

Prezada Reitora da Universidade de São Paulo:

Docente aposentado compulsoriamente da USP, sinto-me na obrigação de responder à sua carta. Fundamentalmente porque sou contrário a qualquer violência, particularmente, no caso, àquela que constitui a presença e conseguinte ação da Polícia Militar em nossa Universidade. Estive na Assembléia da Adusp (mais…)

Foi em defesa da democracia no interior da Universidade de São Paulo e do patrimônio público que a atual reitora, Suely Vilela, justificou a presença da Polícia Militar na Cidade Universitária (campus Butantã) a partir do dia 1º de junho de 2009, culminando no confronto violento entre tropa de choque versus funcionários e estudantes, quando os segundos se reuniam em um protesto, inicialmente pacífico, em frente ao prédio da reitoria (mais…)

Arrisquemos dizer que a única solução para os conflitos da universidade é a ampliação de seu processo democrático. Dos departamentos até a escolha da reitora a USP é dominada pela aristocracia clérico-meritocrática dos professores titulares. Os professores titulares da USP são 800 ao total num universo de 8000 professores. Eles ocupam nos conselhos e congregações uma média de 75% dos votos. Tal desproporção da divisão do poder é marcada pela magia medieval dos índices de produtividade e do carreirismo burocrático que caracteriza a maioria dos professores titulares. A atual crise da universidade é (mais…)

(Publicado originalmente na FSP, edição de 16.06.2009, na seção Tendência e Debates)

CAIO VASCONCELLOS e ILAN LAPYDA

APÓS MAIS de uma semana de presença da Polícia Militar no campus da USP, a política repressiva da reitora Suely Vilela culminou na batalha campal de 9 de junho.

O conflito que se deu depois do fim da manifestação pela retirada da PM não se limitou ao portão principal, mas se estendeu até a parte central do campus, algo que não se via desde a ditadura militar: bombas de gás e de concussão, balas de borracha, prisões e (mais…)

Osvaldo Coggiola, professor do departamento de História da USP

Na sua edição de 11 de junho, a página 3 da Folha de S. Paulo, chamada “Tendências & Debates”, negou seu próprio nome, pois apresentou dois artigos da mesma tendência e, em conseqüência, nenhum debate. Os seus autores foram a Reitora da USP, Profa. Suely Vilela, e o professor emérito da FFLCH, José Arthur Giannotti. O tema: o conflito da USP e, em especial, os acontecimentos de 9 de junho. (mais…)