Política


*Reproduzimos aqui o texto publicado no “jornal” Folha da São Paulo em resposta ao vergonhoso artigo publicado pelo reitor da Universidade de São Paulo João Grandino Rodas, vulgo 4Rodas, no mesmo jornal(aqui) entitulado Mecenato e Universidade.
por Ricardo Antunes e Marcus Orione


Por que as universidades públicas são as que geram conhecimento, ciência e reflexão de ponta, e não as infindáveis escolas privadas?


Em reiteradas oportunidades, o reitor da Universidade de São Paulo (USP) tem-se manifestado a favor de doações de “mecenas” para a modernização do ensino universitário. Chegou a fazer tal declaração, eivada de significados e consequências, em momento tenso e de greve nas universidades paulistas.

Utiliza-se como argumento central o fato de que seria impossível a manutenção da universidade pública sem subvenções de particulares, do novo “mecenato”. Pela parceria público-privada, as universidades deslanchariam. Nenhuma repercussão negativa haveria, tem dito, como resultante desse auxílio desinteressado dos doadores. E tudo isso, ainda segundo advoga o reitor, deve ser pensado “sem ideologias”, ainda que a manifestação tenha se dado no contexto de corte do ponto dos servidores públicos em greve -o que conspira contra a essência desse direito. (mais…)

* Reproduzimos aqui uma avaliação feita por alguns funcionários do SINTUSP militantes da LER-QI sobre o fim da greve dos funcionários. Apesar de ter algumas tantas discordâncias com o teor do texto julgo muito válida a leitura(Chico Cabral)

retirado do site da LER-QI

Depois de 57 dias em luta, chegou ao fim a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da USP. Apesar de não conseguir as principais reivindicações que motivaram a greve, como a luta pela recomposição da isonomia (igualdade de aumento salarial com professores), os trabalhadores conseguiram impôr o pagamento dos dias em greve, que foram descontados de forma arbitrária e ilegal pela Reitoria e pelo governo Serra, contra a posição da Congregação da Faculdade de Direito da USP, que reúne os principais advogados e juízes do país, seguindo a orientação do Juiz do Trabalho Jorge Souto Maior que dizia que “não é possível contrapor o direito de greve ao direito de sobrevivência do trabalhador”. Isto ocorre num momento em que o presidente Lula e o PT, que se empolgam falando que são representantes dos trabalhadores e dos pobres, vem dando declarações reacionárias sobre o direito de greve, afirmando que“greve não é férias, greve é guerra”, e por isso é necessário cortar os salários dos trabalhadores em greve, em especial do funcionalismo público. A burocracia sindical da CUT, apoiadora do governo Lula, fez aceitar que muitas categorias tivessem os seus dias descontados – professores da rede estadual de São Paulo, INCRA, IBAMA, entre outros que ainda sofrem ameaça. Por isso a luta dos trabalhadores da USP e seu sindicato combativo, deram um exemplo a todos os trabalhadores: não temos que aceitar sem luta o ataque ao direito de greve dos trabalhadores. É nesta situação nacional que os trabalhadores da USP se reafirmam como um exemplo para o conjunto da classe trabalhadora brasileira, demonstrando que é possível lutar. (mais…)

por Marina Macambyra*, do blog Dia de Greve

Acabou a greve dos funcionários da Universidade de São Paulo. Chega, por enquanto. Exceto pela Copa do Mundo, amanhã tudo começa a voltar ao normal.

E o nosso normal, como é mesmo? Ah, é muito bom. O grande problema da USP são as greves, não é mesmo? As greves, os grevistas e aquela instituição satânica que é o Sintusp. A greve terminou, acabaram-se os problemas. Sai o Haiti, entra a Suécia.

A partir de amanhã, no máximo de segunda-feita, porque sexta é dia de jogo do Brasil contra não sei quem, a competência e a eficiência administrativas voltam a reinar em todos os campi.

A formação oferecida aos alunos volta a ser a melhor do mundo, graças à dedicação heroica de todos os professores, amparados por funcionários eficientíssimos com salários acima do padrão do mercado, e, naturalmente, ao entusiasmo com o qual esses alunos privilegiados respondem aos esforços dos docentes.

Não há falta de professores. O problema era a greve, que não deixava os professores chegarem às salas de aula porque não tinha Circular. Agora o Circular volta a passar a cada 5 minutos. (mais…)

João Bernardo apoia a Ocupação estudantil da Diretoria da UNESP-Marília

O texto abaixo foi escrito por João Bernardo, escritor, doutor pela Unicamp e cientista político, em defesa da ocupação da Diretoria da Unesp de Marília.

O texto que segue é por nós publicado via blog da Ocupação da Diretoria da Unesp:  http://ocupaunespmarilia2010.blogspot.com/.

O capitalismo emprega a repressão como último recurso, e o desenvolvimento económico obtém-se através da recuperação das lutas e não pelo seu esmagamento. O principal mecanismo do crescimento da produtividade é a arte de se apropriar dos temas de uma contestação, de os virar do avesso e de os dar então aos trabalhadores como se fossem grandes concessões. É assim que em dois séculos se têm desenvolvido a indústria e os serviços. Se alguém quiser saber se uma dado país ou um dado sector económico tem ou não capacidades de desenvolvimento, pode empregar um teste simples: ver se os governantes desse país ou os patrões e administradores desse sector económico são ou não capazes de proceder à recuperação das lutas. (mais…)

Invasão da PM à UDESC

Veiculamos recentemente neste blog um vídeo que mostra a invasão da PM no campus da UDESC. Apesar de serem cenas revoltantes, que atacam contra a autonomia e o exercício do livre pensamento,  essenciais às universidades, o uso do aparato repressivo no interior dos campis universitários tem se tornado uma prática comum no Brasil. Em 2001 foi a UFBA (veja o vídeo aqui), em 2007 a UNESP e a PUC e em 09 de junho de 2009 foi a vez da USP (veja aqui), para citar apenas alguns casos emblemáticos, visto que isso está virando rotina.

É assustador ver que diversas pessoas, inclusive da comunidade universitária, apoiam esse tipo de prática e defendem a permanência da polícia no campus universitário (inclusive estudantes que disputam o DCE da USP). (mais…)

Israel ataca e mata militantes pacifistas que levavam ajuda humanitária aos palestinos

Por Demian Alves Lima

Como já noticiado amplamente, hoje, Israel atacou e matou dezenas de militantes pacifistas que seguiam em comboio para a faixa de Gaza, na Palestina, levando ajuda humanitária à uma população que é vítima de um bloqueio ominioso imposto por Israel, cuja ação neste bloqueio, e em quase todas as atitudes em relação aos palestinos desde que o Estado de Israel foi fundado, é a de um verdadeiro genocídio contra o povo palestino, que teve e tem suas terras pilhadas, seus recursos controlados e sua dignidade roubada pela ação terrorista de Israel. E tudo isso acontece sob a complacência das potências ocidentais, em particular os EUA, principal patrocinador e aliado do estado judeu. Assim, o atual assédio ao Irã é animado por uma razão cínica, uma vez que Israel detém tecnologia nuclear, além de bombas em seu arsenal, podendo os israelenses deitar violência sobre a região, ensejar atos terroristas, e agora atacar grupos pacifistas, sem que nenhuma condenação seja proposta pelas potencias ocidentais. (mais…)

Governo de SP volta atrás: professor que não fez prova poderá dar aulas

O Secretário de Educação de São Paulo, o tucano Paulo Renato, confirmou hoje a notícia publicada pelo, também tucano, jornal Folha de São Paulo. O governo do Estado irá voltar a contratar como professor temporário quem não fez o concurso público do final do ano passado.

Não há melhor maneira de analisar a situação do que citando o velho jargão “seria cômico se não fosse trágico”.

Relembrando. Ano passado, usando o pretexto de selecionar apenas profissionais bem qualificados para o exercício do magistério, o governador José Serra instituiu um concurso público para seleção de professores temporários. O projeto foi alvo de várias críticas. (mais…)

Por Prof. Jorge Luiz Souto Maior*(retirado do site da LER-QI)

Em vista da necessidade de remessa, à Reitoria, de lista de presença dos servidores em greve, e diante da consulta feita pelo Sindicato dos Servidores (SINTUSP) a respeito do recebimento de salários,

OPINO:

A greve, porque provoca uma alteração no cotidiano, gera as mais diversas reações de contrariedade, sobretudo daqueles que, de certo modo são atingidos por ela.

Boa parte da inteligência humana, por conseguinte, durante muito tempo foi voltada para limitar o exercício da greve. A própria consideração da greve como direito, sem uma avaliação cuidadosa pode conduzir a essa lógica, pois ao mesmo tempo em que a permite, serve para lhe impor limites.

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A Editora Expressão Popular convida:

“Mundo do Trabalho e Direitos Humanos”

12 de maio, às 19h

Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito da USP, Largo São Francisco

Prof. Marcus Orione

– Professor Livre-docente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

– Doutorado em Direito pela Universidade de São paulo

– Juiz Federal

Prof. Sérgio Lessa

– Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

– Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Panfleto do ato organizado por diversos movimentos sociais no dia 13 de maio em São Paulo

Publicamos aqui um chamado para o ato que ocorrerá no dia 13 de maio (dia da abolição da escravidão) na Praça do Patriarca, em São Paulo. O ato está sendo organizado por diversos setores do movimento negro, movimento estudantil e demais movimentos sociais como forma de denúncia aos crimes que a população negra, no Brasil e no mundo, sofre diariamente. No caso brasileiro podemos afirmar ainda que a maior parte destes crimes é praticado pelo Estado, seja pela política repressiva e preconceituosa da Polícia Militar, seja pela completa exclusão e omissão do estado brasileiro que não garante direitos básicos ao povo pobre e negro.

Para denunciar esta política o povo vai à rua no dia da abolição da escravidão mostrar que apesar de livres os negros ainda vivem em uma condição revoltante neste país. O ato ocorrerá a partir das 14h com a participação de diversos grupos musicais, intervenções poéticas e intervenções. Os manifestantes irão rebatizar a praça do Patriarca para Praça da Matriarca Dandara e depois, às 18horas, realizarão uma Aula Pública para dialogar sobre a situação do Negro com a população. Está confirmada a presença do poeta Sérgio Vaz, do cantor do grupo Racionais MC’s Edy Rock, Prof. Marco Orione da USP e Prof. Bas’ilele Malomalo da UNESP.

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Em tempos de globalização, crise e eleição a palavra neoliberalismo é chavão freqüente em discursos políticos e matérias na imprensa. Apesar disso diversas vezes percebemos que muitas pessoas desconhecem o significado real da palavra e/ou utilizam-na de forma oportunista para atender seus fins políticos. Assim publicamos um extenso texto feito a quatro mãos que tenta explicar mais a fundo tal doutrina e mostrar como se dá sua implementação na América Latina e no Brasil.

Neoliberalismo, Privatizações e Organizações Sociais (OS´s)

José Quibao Neto e Chico Cabral (Sujeito Coletivo)

Consequências do neoliberalismo na Grécia - Foto: Reuters

Nos Estados Unidos, supõe-se que a consciência e a honra não estejam à venda, e há uma curiosa tendência a perseguir a “corrupção” como se fosse facilmente distinguível das práticas normais de tráfico de influência e de obtenção de dinheiro no mercado”

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Uma audiência pública aguardava a então reitora da USP, Suely Vilela, que não veio ou mandou representante. Os estudantes caminharam até a reitoria e lá encontraram as portas fechadas à qualquer diálogo. Reivindicando, entre outras tantas pautas engasgadas, a revogação dos decretos do governador que extinguiam a autonomia universitária e criavam novos absurdos, atravessaram o umbral e deram início aos 51 dias da Ocupação da Reitoria da USP, acontecimento que ressoou pelo Brasil e lançou um grito de alerta: alguma coisa estava mesmo fora da ordem.

Um porque para recordar o 3 de maio (mais…)

Os funcionários da USP decidem entrar em greve a partir do dia 05 de maio.

Veja nota do próprio Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) sobre a assembléia que decidiu pela greve, bem como as razões que os levam a paralisar as atividades a partir do dia 05 deste mês.

A P R O V A D A
G R E V E
POR TEMPO INDETERMINADO (mais…)

Frente de luta por moradia

Rua Prestes Maia, 911, centro - São Paulo.

publicado no CMI

Cerca de 2 mil famílias da Frente de Luta por Moradia (FLM) vão à luta para fazer valer a função social da propriedade em São Paulo. Dois prédios abandonados na região central e um terreno localizado na Zona Sul da cidade estão sendo ocupados na madrugada desta segunda-feira. Os locais são antigas reivindicações do movimento junto aos três níveis de governo para que sejam transformados em moradia popular.

Diante da omissão da prefeitura e dos governos do Estado e Federal, diante do número cada vez mais crescente de famílias que estão em situação de despejo e até mesmo em situação de rua, os movimentos que compõem a FLM decidiram não esperar e fazer de terreno e prédios vazios moradia.

Os endereços ocupados são os seguintes:
. Rua Prestes Maia, 911, centro.
. Avenida Nove de Julho, número 1084
. Rua Henry Martin, 120, M?Boi Mirim

Conheça as reivindicações do movimento na carta aberta abaixo:

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Por que a Folha mente (mente, mente, mente, desesperadamente)

por Emir Sader (originalmente publicado no site Carta Maior)

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo. (mais…)

Jornal Nacional pode estar preparando denúncia “fake” contra o MST

A Assessoria de Imprensa do MST encaminhou carta ao site Conversa Afiada alertando para a possibilidade de o Jornal Nacional veicular matéria fake acusando o MST de praticar ato de tortura. Como é corriqueiro a Rede Globo produzir reportagens que passam por cima de qualquer manual de jornalismo – a emissora carioca costuma amplificar o que para ela interessa; omitir o que lhe desagrada; distorcer quando amplificar ou omitir não funciona para atingir o interesse dela; ou simplesmente mentir sem mais nem menos, em geral quando bate o desespero –, MST (alvo permanente do ódio global), muito prudentemente, procura se precaver contra mais uma armação. (mais…)

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